terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Adagio

Hoje fomos ao Coliseu. Eu e tu num serão cultural como tanto apreciamos. Nem poderia ser de outra forma. Não fazia sentido convidar outra pessoa para ir comigo ouvir o Concierto de Aranjuez senão tu, que me deste a conhecer esta composição há quase uma década atrás.
Lembro-me quando comprei o CD do Concierto numa interpretação de Paco de Lucía e de vir para casa ouvi-lo. O coração parecia querer saltar-me do peito nessa altura. Os olhos enchiam-se de lágrimas ao escutar o Adagio. Que peça magnífica! Bela e triste como também o amor pode ser. Acho que já te amava nessa altura apenas não o tinha assumido. A música aproximava-nos numa época de descobertas. E como adorava ouvir-te tocar!
A relação mudou mas para sempre ficou o amor genuíno de quem se amou sem dúvida nem incerteza; de quem fez da cumplicidade o fio condutor de uma relação que ainda hoje perdura.
Adagio, Concierto de Aranjuez, de Joaquín Rodrigo, 1939


Sem comentários: