quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Até breve...

Meu querido amigo,

paro e penso e não deixo de sentir um orgulho tolo mas sincero ao constatar aquilo que conseguimos erguer.
Num mundo em que é mais fácil perder o contacto do que cimentá-lo, em que as relações se baseiam mais na desconfiança do que na cumplicidade, em que amigos verdadeiros escasseiam, é obra que duas pessoas que tão pouco tempo trabalharam e conviveram juntas tenham conseguido construir uma amizade como a nossa.

Não nasceu há muito tempo é verdade, mas cresce com tal vigor que, aquilo que inicialmente foi uma agradável surpresa, é para mim hoje uma grande certeza.

Corro o risco de estar a ser lamechas? Talvez corra, mas o que há de melhor neste mundo do que dizer a um amigo o quanto gostamos dele e o quanto a sua existência na nossa vida nos motiva e faz feliz?

É por isso que agora, que estás de partida, não posso deixar se te dizer que gosto de ti e de te agradecer a tua amizade.

E como acredito que a distância nada consegue contra a força daquele que já antes afirmei ser o mais nobre dos sentimentos, podes estar certo de que não ouvirás da minha boca um "adeus", mas um vigoroso até breve!




Livre,

é como me sinto.

Vi-te no início de mais um ano, mas o sentimento é bem diferente daquele que sentia há doze meses atrás...

Já não é amor nem paixão o que sinto, mas uma quase indiferença que só não é triste por ser tão libertadora...